Os meus professores de sociologia diriam que é o contexto onde me movimento e os admiradores do blog poderiam atribuir isto a uma certa propensão para 1) observar o mundo de uma forma diferente da habitual e/ ou 2) chegar aqui e ter capacidade para descrever um fenómeno pequeno e fazê-lo maior que a vida.
Mas eu diria que é uma questão de karma, um certo cheiro que eu exalo que atrai situações bizarras. E mosquedo.
Hoje saí de casa durante dois minutos. E nesses dois minutos tive tempo de despejar o lixo e encontrar uma senhora cá da terra que não via há muito tempo.
Karvela - Ena há tanto tempo! Está igual, está óptima!
Mrs. E. - Também você. O menino, está bom?
Karvela (já cheia de nervos por causa de chamarem menino ao garoto) - Está bom. Então, está tudo bem? A vida corre bem?
Mrs. E. - Mais ou menos.
Karvela - Então...?
Mrs. E. - Vou ali acima atrás dele, ver se o apanho com a amante.
Perdão? Vai só ali e depois? Já volta? É que foi mesmo à queima-roupa. Nunca mais me queixo de um "tudo bem" respondido à cão só para me despachar.
Já fui à varanda 5 vezes e ainda não ouço peixeirada mas não é mentira que acabo de ouvir uma sirene..
Karvela
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