Credível e eficiente
O prolongado silêncio deve-se ao facto de nos últimos dias ter estado enrolada sobre mim mesma, na ala sul da mansão, a chorar convulsivamente por estar a sair dos vintes, essa década que fez tanto por mim e da qual vou ter saudades.
Isto dos trinta anos tem que se lhe diga. Especialmente porque eu não me sinto com 30 anos… e nem estou a falar de idade mental, que isso está ao nível dos 7, 8 anos. Nah, tem a ver com o aspecto físico, com a roupa, com a aparência que ainda persiste… e essa aparência é de uma pessoa que ainda não é adulta. Para mais, sofro neste momento de uma invisibilidade relativa, que é o facto de não ser suficientemente nova para ouvir piropos nem suficientemente velha para me notarem como estando muito bem para a idade.
Este ano, em férias, tive a nítida sensação que conversava com pessoas com pouco mais idade do que eu, e todos exibiam uma certa pose, uma certa seriedade, que lhes dava efectivamente o ar de adultos credíveis. Enquanto eles estavam lá no canto a ser credíveis e eficientes eu estava de totós no meio da água a esbardalhar-me numa bóia amarela fluorescente. Uma gigante intelectual, portanto.
Depois há as provas físicas. A minha roupa habitual é significativamente casual. Calças de ganga ou, se de tecido, pretas básicas ou com bolsos de lado. Tops – acho que já cheguei a um triplo dígito de tops – e t-shirts e outras coisas da Bershka e da Stradivarius, desde que se possa comprar barato nos saldos e ter em várias cores. E três ou quatro peças melhores, uns vestidos, umas camisas de bom corte para eventos. E onde estão as trintonas que se vestem assim? Em lado nenhum na cultura popular, fonte última de toda a verdade. A Gisele Bundchen tem menos um ano do que eu, a Eva Longoria, a Angelina Jolie e a Charlize Theron têm mais quatro, a Claire Danes e a Pink são de 79, mas todas parecem ter uma mesma idade colectiva, que é a idade adulta.
Não estou com particular pressa de lá chegar, de ouvir chamar senhora em vez de menina, mas aos 20 achei que daí a uns anos pareceria mais crescida e, até ver, só cresci para os lados. Cá estarei nas vésperas de fazer 40 a queixar-me das rugas e da juventude perdida.
Karvela (7 de Agosto is the day, bitches!)
O prolongado silêncio deve-se ao facto de nos últimos dias ter estado enrolada sobre mim mesma, na ala sul da mansão, a chorar convulsivamente por estar a sair dos vintes, essa década que fez tanto por mim e da qual vou ter saudades.
Isto dos trinta anos tem que se lhe diga. Especialmente porque eu não me sinto com 30 anos… e nem estou a falar de idade mental, que isso está ao nível dos 7, 8 anos. Nah, tem a ver com o aspecto físico, com a roupa, com a aparência que ainda persiste… e essa aparência é de uma pessoa que ainda não é adulta. Para mais, sofro neste momento de uma invisibilidade relativa, que é o facto de não ser suficientemente nova para ouvir piropos nem suficientemente velha para me notarem como estando muito bem para a idade.
Este ano, em férias, tive a nítida sensação que conversava com pessoas com pouco mais idade do que eu, e todos exibiam uma certa pose, uma certa seriedade, que lhes dava efectivamente o ar de adultos credíveis. Enquanto eles estavam lá no canto a ser credíveis e eficientes eu estava de totós no meio da água a esbardalhar-me numa bóia amarela fluorescente. Uma gigante intelectual, portanto.
Depois há as provas físicas. A minha roupa habitual é significativamente casual. Calças de ganga ou, se de tecido, pretas básicas ou com bolsos de lado. Tops – acho que já cheguei a um triplo dígito de tops – e t-shirts e outras coisas da Bershka e da Stradivarius, desde que se possa comprar barato nos saldos e ter em várias cores. E três ou quatro peças melhores, uns vestidos, umas camisas de bom corte para eventos. E onde estão as trintonas que se vestem assim? Em lado nenhum na cultura popular, fonte última de toda a verdade. A Gisele Bundchen tem menos um ano do que eu, a Eva Longoria, a Angelina Jolie e a Charlize Theron têm mais quatro, a Claire Danes e a Pink são de 79, mas todas parecem ter uma mesma idade colectiva, que é a idade adulta.
Não estou com particular pressa de lá chegar, de ouvir chamar senhora em vez de menina, mas aos 20 achei que daí a uns anos pareceria mais crescida e, até ver, só cresci para os lados. Cá estarei nas vésperas de fazer 40 a queixar-me das rugas e da juventude perdida.
Karvela (7 de Agosto is the day, bitches!)
Comentários
(também estou quase lá mas ansiosa, 29 não é carne nem peixe!)
Bjs e bom Domingo.
A serio...
Não te rales...
Maturidade? ahahahahaha
Maturidade? ahahahahaha