Clumsy whore!
Hoje de manhã aconteceu-me algo que não deveria ser já uma surpresa: fui de encontro a uma parede. Só isto, fui de encontro a uma parede. Isto acontece-me tantas vezes que já acho que eu tenho mesmo é alma de pessoa alta, desengonçada. O problema de ir de encontro a paredes, portas, maçanetas, armários, mobília variada, é ser concomitantemente de uma extrema brancura cutânea, o que leva a que fique marcada como um pêssego que caiu ao chão.
Situação hipotética:
Karvela entra num estabelecimento porque está à procura de uma rua.
Karvela – Bom dia. Desculpe incomodar, mas preciso mesmo de encontrar um consultório e não estou a conseguir.
Senhora da APAV – Bom dia… bem… como você tem isso!
Karvela – Pois, sabe, eu vou muito de encontro às coisas!
Senhora da APAV – Compreendo, minha amiga. “Armários”, “portas”… não é?
Karvela – Por acaso é… mas porque é que faz aspas no ar quando diz armários e portas?
Senhora da APAV – Vai dizer-me que entrou na APAV sem querer…?
Karvela – Ah, isto é a APAV? Além de desastrada sou distraída, veja lá bem!
Senhora da APAV – “Desastrada”, “distraída”… não diga isso, minha amiga! Quem lhe faz isso não a valoriza.
Karvela – As portas?
Senhora da APAV – Pobre… está em negação.
Hoje de manhã aconteceu-me algo que não deveria ser já uma surpresa: fui de encontro a uma parede. Só isto, fui de encontro a uma parede. Isto acontece-me tantas vezes que já acho que eu tenho mesmo é alma de pessoa alta, desengonçada. O problema de ir de encontro a paredes, portas, maçanetas, armários, mobília variada, é ser concomitantemente de uma extrema brancura cutânea, o que leva a que fique marcada como um pêssego que caiu ao chão.
Situação hipotética:
Karvela entra num estabelecimento porque está à procura de uma rua.
Karvela – Bom dia. Desculpe incomodar, mas preciso mesmo de encontrar um consultório e não estou a conseguir.
Senhora da APAV – Bom dia… bem… como você tem isso!
Karvela – Pois, sabe, eu vou muito de encontro às coisas!
Senhora da APAV – Compreendo, minha amiga. “Armários”, “portas”… não é?
Karvela – Por acaso é… mas porque é que faz aspas no ar quando diz armários e portas?
Senhora da APAV – Vai dizer-me que entrou na APAV sem querer…?
Karvela – Ah, isto é a APAV? Além de desastrada sou distraída, veja lá bem!
Senhora da APAV – “Desastrada”, “distraída”… não diga isso, minha amiga! Quem lhe faz isso não a valoriza.
Karvela – As portas?
Senhora da APAV – Pobre… está em negação.
Depois levavam-me para uns aposentos onde fariam a avaliação completa da minha psique, apenas para ser expulsa logo de seguida depois de revelado o meu interesse pouco saudável por jovens colegiais japonesas. Carregadinhas de nódoas negras.
Karvela
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