Ikea, meu amor
Ou
Razão #2.003.498 pela qual estou velha
No Ikea (ou a Ikea, ou Ikêa, Ikêá, Aikia, etc.) existem objectos tão surpreendentes como um rolo de plástico semi-aderente para forrar gavetas, descascadores de alhos (é uma coisinha com 5 centímetros, por Deus, arranja-se com uma faquita, não é como descascar um coco!) e coisas que antes existiam apenas na imaginação dos decoradores de interiores. O Ikea dá-me uma sensação que é a razão #2.003.498 pela qual estou velha e que passo a explanar: quando eu era adolescente não existia ainda a Zara ou, quanto muito, existiria em Lisboa. Eu comprava a minha roupa na feira e, de vez em quando, lá ia a uma loja que era, invariavelmente, caríssima e, por isso, pouco frequentada. Hoje existe Zara, Berska e outros sucedâneos, o que faz com que esta mula de 27 anos ande a tentar recuperar o tempo perdido, vestindo-se como uma adolescente. O que não só é deprimente como é a razão #2.003.499 pela qual estou velha e um bocadinho caduca. O Ikea surge na minha mente da mesma forma. Vivi 27 anos numa casa cujas mobílias foram compradas em lojas de bairro ou feitas à medida. Viverei muitos outros numa casa que é uma das quase infinitas combinações que se podem fazer no Ikea. Vantagem disto tudo: tanto na roupa como na mobília poupa-se um dinheirão. Desvantagem disto: sou igual a todas as outras pessoas de quase 30 anos que se vestem como pitas e vivem em casas cuja mobília pode ser chamada pelo nome. Impossível de pronunciar, ainda por cima!
Karvela
Ou
Razão #2.003.498 pela qual estou velha
No Ikea (ou a Ikea, ou Ikêa, Ikêá, Aikia, etc.) existem objectos tão surpreendentes como um rolo de plástico semi-aderente para forrar gavetas, descascadores de alhos (é uma coisinha com 5 centímetros, por Deus, arranja-se com uma faquita, não é como descascar um coco!) e coisas que antes existiam apenas na imaginação dos decoradores de interiores. O Ikea dá-me uma sensação que é a razão #2.003.498 pela qual estou velha e que passo a explanar: quando eu era adolescente não existia ainda a Zara ou, quanto muito, existiria em Lisboa. Eu comprava a minha roupa na feira e, de vez em quando, lá ia a uma loja que era, invariavelmente, caríssima e, por isso, pouco frequentada. Hoje existe Zara, Berska e outros sucedâneos, o que faz com que esta mula de 27 anos ande a tentar recuperar o tempo perdido, vestindo-se como uma adolescente. O que não só é deprimente como é a razão #2.003.499 pela qual estou velha e um bocadinho caduca. O Ikea surge na minha mente da mesma forma. Vivi 27 anos numa casa cujas mobílias foram compradas em lojas de bairro ou feitas à medida. Viverei muitos outros numa casa que é uma das quase infinitas combinações que se podem fazer no Ikea. Vantagem disto tudo: tanto na roupa como na mobília poupa-se um dinheirão. Desvantagem disto: sou igual a todas as outras pessoas de quase 30 anos que se vestem como pitas e vivem em casas cuja mobília pode ser chamada pelo nome. Impossível de pronunciar, ainda por cima!
Karvela
Comentários
ehehhe... estive em paços de ferreira há pouco tempo e aquilo é mesmo o mundo dos móveis... um enjoo...
(Silêncio)
Agora percebo a cena das colegiais japonesas, mais o outro actor que teve a sorte de fazer de Wolverine (a.k.a. Hugh Jackman)...
guilty of charge! tenho 28 e visto-me que nem uma pita nos seus anos dourados, na breshka e na pull & bear, e a mobília da minha casa toda, apenas o sofá e o tapete da sala não vieram do ikea. ah, e todos os têxteis também vieram de lá.... que degredo! lol