Mulholland Caselas
Na minha viagem de autocarro para o trabalho, esta manhã, senti-me num filme do David Lynch. A pessoa à minha frente tinha no colo o envelope que continha uma mamografia e uma ecografia mamária (too much information!); chamava-se Sueli Aparecida (nome muito comum em Portugal, nomeadamente na Beira Baixa, onde se ouvem permanentemente frases como “O Chico da Sueli é que está no hospital!” ou “Ti Sueli Aparecida!!! Venha para dentro que já começou a novela!”); ao seu lado estava um rapaz, igualmente brasileiro, com um boné do Benfica; subitamente, uma aranha pequenina aparece no seu ombro e começa a descer pelo braço.
Na minha viagem de autocarro para o trabalho, esta manhã, senti-me num filme do David Lynch. A pessoa à minha frente tinha no colo o envelope que continha uma mamografia e uma ecografia mamária (too much information!); chamava-se Sueli Aparecida (nome muito comum em Portugal, nomeadamente na Beira Baixa, onde se ouvem permanentemente frases como “O Chico da Sueli é que está no hospital!” ou “Ti Sueli Aparecida!!! Venha para dentro que já começou a novela!”); ao seu lado estava um rapaz, igualmente brasileiro, com um boné do Benfica; subitamente, uma aranha pequenina aparece no seu ombro e começa a descer pelo braço.
Só faltou mesmo aparecer um cowboy acompanhado por um anão que fala uma língua estranha, o chão do autocarro ser aos quadrados pretos e brancos e, de repente, ser tudo um estranho sonho desbloqueado por uma chave azul. Enquanto o autocarro é ultrapassado por um senhor montado num cortador de relva.
Karvela (doida doida doida anda esta galinha…)
Comentários
No hay banda! There is no band! Il n’est pas de orquestra! This is all... a tape recording. No hay banda and yet! we hear, a band. If we want to hear a clarinette... listen... Un trombone “ŕ coulisse”. Un trombón “con sordina”. Sient le son du trombon in sourdine. Hear le son... and mute it... drop it... It’s all recorded. No hay banda! It’s all a tape. Il n’est pas de orquestra! It is... an illusion."