Traumas e infâncias
Na faculdade, uma colega tinha uma teoria. Dizia ela que todas as raparigas que ela conhece que hoje têm o cabelo muito comprido foram obrigadas em pequenas a cortar o cabelo muito curto. Eu sou a prova viva da verdade desta teoria, pois em criança meu cabelo foi cortado à tigela vezes sem conta, ostentando também uma gloriosa mini franja. Hoje, assumo a testa gigante e exibo uma melena que começa a chegar perigosamente à cintura.
Isto a propósito de outro trauma de infância, os dois nomes próprios. Eu tenho dois nomes próprios e já está mais que decidido que criança minha só vai ter um nome próprio. Noto que muitas das minhas amigas com dois nomes têm filhos com apenas um.
A propósito, eu adoro o meu nome. O primeiro é lindo, luminoso, positivo. O segundo também não é mau, mas é todo betinho. Revelo-vos que o meu segundo nome é Filipa. Há apenas cinco pessoas no mundo que me tratam por Filipa – um tio, uma tia e as três filhas. É mais chique, sabe? Mas noto variadíssimas vezes que eles não me tratam por Filipa, mas sim por Felipa ou, pior, F’lipa. E isso só me dá vontade de mergulhar de cabeça numa piscina cheia de pedras da calçada.
O meu pai insiste que os meus dois nomes juntos são lindos. Eu insisto que com umas meias de vidro, uma saia travada, uma permanente mal feita e um acordeão, poderia perfeitamente ser cabeça de cartaz num concerto no Centro de Dia cá da terra.
Karvela F’lipa
Na faculdade, uma colega tinha uma teoria. Dizia ela que todas as raparigas que ela conhece que hoje têm o cabelo muito comprido foram obrigadas em pequenas a cortar o cabelo muito curto. Eu sou a prova viva da verdade desta teoria, pois em criança meu cabelo foi cortado à tigela vezes sem conta, ostentando também uma gloriosa mini franja. Hoje, assumo a testa gigante e exibo uma melena que começa a chegar perigosamente à cintura.
Isto a propósito de outro trauma de infância, os dois nomes próprios. Eu tenho dois nomes próprios e já está mais que decidido que criança minha só vai ter um nome próprio. Noto que muitas das minhas amigas com dois nomes têm filhos com apenas um.
A propósito, eu adoro o meu nome. O primeiro é lindo, luminoso, positivo. O segundo também não é mau, mas é todo betinho. Revelo-vos que o meu segundo nome é Filipa. Há apenas cinco pessoas no mundo que me tratam por Filipa – um tio, uma tia e as três filhas. É mais chique, sabe? Mas noto variadíssimas vezes que eles não me tratam por Filipa, mas sim por Felipa ou, pior, F’lipa. E isso só me dá vontade de mergulhar de cabeça numa piscina cheia de pedras da calçada.
O meu pai insiste que os meus dois nomes juntos são lindos. Eu insisto que com umas meias de vidro, uma saia travada, uma permanente mal feita e um acordeão, poderia perfeitamente ser cabeça de cartaz num concerto no Centro de Dia cá da terra.
Karvela F’lipa
Comentários
Quanto aos nomes tb os meus pais foram os visionários... unzinho chega
tenho que concordar com as duas mas o meu segundo nome é só usado em casa porque há 3 Anas é complicado...
Nota que há exemplos felizes de criaturas que têm 2 nomes próprios. Se não fosse o meu segundo, nunca me identificaria com o primeiro que é para toda a vida...
Mas adorava ver-te de franja! Ooohh beibe!