Fabulous!
Depois de muitos episódios vistos na TV, no PC, depois de pensar que na verdade não me identifico grande coisa com qualquer uma das protagonistas, vi ontem na SIC o último episódio do Sexo e a Cidade. Tive sempre muito pudor em descarregar esse último episódio da net porque não queria ver este fim. Aquilo, bem vistas as coisas, não tinha nadinha a ver com a minha realidade. Nova Iorque não é Lisboa, eu não sou ninfomaníaca, nem púdica, nem workaholic, nem fashion victim... mas depois no fundo elas têm tudo o que qualquer gaja tem. A vontade de ser mãe (que também não bate muito a esta porta) ou a maternidade involuntária; a busca descomplexada do prazer, mas sempre com uma pontinha de remorso por qualquer outra coisa que não se fez; o dia em que comprámos aquele par de sapatos ou aquele vestido que foi caro e inconsequente e nunca usámos em público... sei lá... coisas fúteis, outras menos, mas realidades transversais aos oceanos e aos continentes.
Não foi para mim série de culto como o Seinfeld (não é humanamente possível citar-se tanto Seinfeld como eu faço!) ou como o Friends, que vi exclusivamente através da net (mas cuja box com as 10 séries olha para mim com olhinhos de “leva-me”). Chorei que me desunhei quando deu o último episódio de Friends. Vi com 2 dias de diferença dos americanos. E fiquei tão feliz com uma idiotice. E ontem foi a mesma porra com o Sexo e a Cidade. A beleza do final do Sexo e a Cidade é que não há um final feliz; há, isso sim, um recomeço feliz. Os casais, os bebés, os amores... tudo fica resolvido ali, mas acaba com elas a recomeçarem, à mesa, a falarem das suas novas vidas.
Há quem não entenda este meu fascínio pelas séries; eu acho que não passa de uma prova que eu sou uma azeiteira, uma papa-telenovelas da era digital.
Karvela (tão teledependente que até papa o Diário de Sofia!)
Comentários
...também gosto do Friends...
Escreves bem pa caramba!
Tou enfeitiçado e dependente deste blog.
CREEPY!!!
uM BEIJO
n