The Last Jedi. MY EMOTIONS!

Após uma visionamentalização, uma, do The Last Jedi, ainda estou a controlar todas as emoções mas, por agora, a pessoa em mim que tem muitíssimos problemas, já escreveu um relambório enorme sobre o filme.

Negativos:

O Finn e Rose têm a plotline mais completamente desnecessária. Conduz a nada e ainda introduz Canto Bight e seu casino. Eu juro que ainda tentei, mas tudo aquilo deu-me tique nujolhos. Ai, o casino, espelho ao contrário da cantina, ai a banda sonora, aquilo está quase lá. Mas 1) Justin Theroux tirou-me da cena porque olha o marido da Jennifer Aniston e 2) Todo aquele planeta lembrou-me as criaturas ultra estilizadas das prequelas, o que continua a ser uma das minhas maiores pechas com os filmes I, II e III.

O Benicio tem uma cringe worthy performance, péssimo, para quê gaguejar, para quê existir, acrescentou ZERO. E, mais uma vez, tirou-me da cena porque é o BENICIO DEL TORO, CARAÇAS!

Snoke. What. The. Fuck. Não se entende de onde vem, para onde vai e que merda fez neste filme. Um super vilão fraquinho, apenas ajudado por uma força imensa, ao contrário de um Palpatine, que era um político, um estratega e, no fim, um dos melhores vilões genuinamente maus, de todos os tempos. Dito isto, cuspi a senhora da frente quando aparece o still do Snoke, falecido, linguinha de fora.

Tanta conversa sobre combustível… porrrrrra! Estive quase a entregar-lhes o meu cartão da Repsol e a explicar que aquilo ao domingo fica-lhes com duplo desconto.

Freiras da ilha. Não.

Entretanto, o ponto de morte cerebral da primeira metade do filme foi a Leia a flutuar, super morta-viva. E eu só pensava "PIIIIIGS IIIIN SPAAAAACE!"



Positivos:

O Yoda voltou e eu chorei e não me envergonho porque sou uma mulher crescida e tenho direito aos meus sentimentos.

A Holdo esteve muito bem mas, como bem me apontaram, seria mais prático ter um fatinho mais operacional.

Lutas com sabres de luz e outras espadas iluminadas são sempre bem vindas.

A origem do blue milk foi, a dois tempos, uma maravilha e um nojo.

Todas as batalhas no espaço foram magníficas e mais do mesmo mas, neste caso, é mais do mesmo que se quer, com uns winks à segunda guerra mundial.

A luta com os guardas do Snoke. Nossa senhora das lutas coreografadas, que beleza visual.


On the fence :

A comunicação entre a Rey e o Kylo. Não odiei… mas também não amei de paixão.

O treino da Rey, na onda dos treinos-buéda-curtos-tipo-o-do-Luke-com-a-exceção-que-o-Luke-não-se-encavalitou-na-Rey-o-que-seria-no-mínimo-desconfortável-e-um-bocadinho-confuso.


Balanço:

Não gostei de hora e meia do filme e tudo o resto daí para a frente foi um camadão de awesome. 

Toda a storyline do Finn e da Rose, o planeta dos cães-cavalos, o tempo imeeeeenso que demorou a fugirem do Star Destroyer apenas para, demasiado tempo depois, a Holdo ter finalmente decidido que “olha, bonito bonito é esta nave a abalroar a outra!”. 

Mas gostei das descobertas da Rey, gostei da incerteza que o Poe nos deu, continuo a adorar o vilão imperfeito que o Kylo Ren nos apresenta, chorei um bocadinho com as referências à memória da Carrie Fisher (especialmente com a filha verdadeira sempre por perto) e amei (mas AMEI) o fim. 

Gosto que a mensagem seja que todos os seres da Galáxia têm a Força, que a Rey não tem que ser de uma dinastia especial (bom, isso ainda está em aberto, a meu ver) e, no entanto, os manuscritos dos Jedi, salvos, dentro da Millenium Falcon; que o pequenino no fim revele aptidão inata, talvez motivado pela Rose e pela esperança que lhe deixa, chamando a si a vassoura que, iluminada pelas estrelas, parece um sabre de luz… sim! Mil vezes sim! Pronto, há uma razão para o plotline Rose-Finn. Duas, se contarmos que a Phasma bye bye-o (cheira-me que também isso está em aberto).

Toda a batalha final em Crait, com um Luke que não me enganou com a barbinha aparada, a entrada vinda não se sabe de onde - bitch, he a Jedi, he can do some crazy shit, a luta com o Kylo, e ainda ter direito à morte poética de um Jedi... pá, pinguinho. 

Este fim foi a cereja no topo do bolo, que até tinha umas partes amargas e casca de ovo lá pelo meio, o que dá sempre aquela sensação estranha de “ai foda-se vou apanhar um camadão de salmonela” mas que acaba num high tão  high que, se calhar, no fim, até gostei do bolo.

Karvela

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