Episódio 2
Stormborn
O tempo está manhoso em Dragonstone e a Dany já está enervada
com o vento e pronta para distribuir fruta. Hoje calhou na rifa aquele pequeno
do Eixo do Mal que está sempre de robe e que no fim lhe jura fidelidade e que é perupovo.
Está a Dany já a ameaçar que taca fogo a tudo quando chega a
Marisandra. Diz que a profecia não tem género, e é assim que nós gostamos dela.
#fightthepatriarchy. O feminismo é coisa para animar a Dany, que pede ao Tyrion
para mandar chamar então o João das Neves e ele que faça o obséquio de
ajoelhar.
A Cercei já reúne tão pouca gente que parece um concerto da
Maria Leal no Pacha de Ofir e é ela a cantar os Dialetos de Ternura e a gritar VOS
AMO DE PAIXÃO! E eles todos “Ó Cercei a gente só te segue porque não achamos
muita piada a estrangeiros e aqueles Dotráquios têm ar de quem vem mamar os
subsídios todos.” Ah, o racismo a unir povos, hoje e sempre.
O pai do Samuel estava entre a multidão de oito e o Jaime
propõe-lhe cargos militares e uma reforma confortável no Algarve (ele disse
sul, eu estou a anhar por férias, por isso é no Algarve e não quero discussões). O Tarly fica balançado mas entra no negócio.
As cenas na biblioteca nacional continuam um fascínio, com o
Mormont todo fudd, e o dótor, que deve ser da caixa, muito desagradável, muito “ó
minha senhora, eu não sou pago para isto”. Eu tinha pedido o livro de
reclamações mas não tenho o problema do Mormont e cada um sabe da sua saúde.
De volta à masmorra fofa da Cercei – porra que este episódio
anda aqui, ali, aqui, ali – o Dr. Frankenstein mostra à kween o que andou a
fazer nos tempos livres: uma bésta para dragões. Eu sou pelo bem, queres fazer
découpage fazes découpage, queres uns amigurumi pois que fazes amigurumi,
queres uma bésta para dragões tu fazes uma bésta para dragões.
Voltamos a Dragonstone, a Dany mostra os planos de combate, estratega,
toda estratega, e fica toda a gente contente. Avance-se, que nós temos dragões.
É só preciso ter cuidado com o pessoal que tem o hobbie das béstas. E do pessoal que tricota, esses também andam a tramar alguma, a vestir as árvores. A Diana
Rigg no fim ainda lhe dá uns conselhos, mormente #youiskween #safodamosgajos #eueradosvingadores
Noutra parte do castelo – diga-se, extremamente bem decorado
para quem acaba de lá chegar – a Misandria vai dizer um xau ao Castratto e ele
beija-a e ela tira a roupa e depois tira a dele e ele “Faz atenção, que eu a
sul da fronteira sou um Ken”. No entanto, já diria o adágio, o garoto está a
dois terços de não ter medo.
Estamos nós a ver uma cena de amor tão bonita quando temos que
voltar ao Jorah. Eu também via cenas de amor muito bonitas contendo o Jorah,
não me interpretem mal. O que eu não aprecio tanto é pus. O Samuel vai curar o
Jorah e só isso é que importa e eu estou a ignorar a nodja que isto foi e la la
la la não vos estou a ouvir.
A Aria já vai toda feita para matar a Cercei – depois de ter
perdido uma excelente oportunidade para matar o Ed Sheeran – e para na estação
de serviço, onde encontra o inefável Hot Pie, que há-de ser ele e as baratas no
fim de Westeros (ou será ele um faceless man? Isso seria fantástico! Vocês
leram aqui primeiro!). Ela come uma tarte, agora com menos recheio de pessoa, e
ele diz-lhe que o João das Neves agora é rei. E ela PEACE! e pira-se para
Winterfell, que se o meu irmão agora fosse rei de repente eu também ia ver se
pingava uns trocos ou uns brincos de ouro ou uma vivenda.
De volta a Winterfell, o João das Neves avisa que vai lá então
ver o que é que a Dany quer e os aliados – uma multidão já não tanto Maria Leal
em Ofir mas mais Agrupamento Diapasão em Santa Comba – não aprecia muito que agora o
boss vá assim ao Algarve, é um desgaste para os cavalos, o dinheiro que ele vai
gastar em portagens não vale a pena e nem tem identificador para a carroça
quando passar na SCUT, depois a conta vai para o castelo e ninguém viu, ninguém paga. A Sonsa também se opõe até o irmão dizer que ela fica a
tomar conta da casa e aí já está tudo bem, não é, Sonsa? Sonsa.
Daí a bocado, o João das Neves entala o Mindinho numa estátua.
A Aria reencontra a Niméria na mata e cheira-me que aquela
matilha ainda vai safar a Aria de boa mais adiante (ouviram aqui primeiro!)
Acabamos numa nota digna de um filme do Michael Bay, aqueles que
não entendes se o transformer é bom ou mau. Está a Yara a ver a vida a andar
para a frente (outra cena de amor à qual eu assistiria com garbo) quando são
abordados por um barco do tamanho de um porta aviões. O Euro e seus homens vão
por aí dentro, o Euro mata as cobras (nada contra), mata homens, mata mulheres, mata duas traves, afiambra-se à Yara, que não
só acabou por ficar a ver navios
como ainda tem que levar com a versão adaptada de dá um beijinho
ao tio.
Eu no fim, mulheres, nem sei o que vos diga do Theon. Entre ser totalmente fdp e
estar com um camadão de coiso pós-traumático, fico entre a pena e o
já-te-afogavas-personagem-inútil. Ou faz alguma coisa ou podia ser o próximo a
não estar cá, boa? Boa?
Aguardo.
Karvela
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