Na sua ainda pueril eloquência o camarão canta-me hoje esta canção:
A minha mãe mandou-me à loja
Comprar um copo de vinho
A noite é escura
Tenho medo do caminho
A noite é escura
Tenho medo do papão
Portanto temos uma melodia que retrata uma mãe tão fiadaputa de pobre e tão em ânsias por beber que manda o filho já de noite comprar um copo - não uma garrafa, muito menos um garrafão - de vinho.
Esta senda da taberna para casa e de casa para a taberna atira-o diretamente para os braços do papão (conceito que até agora ele desconhecia, obrigadinhes!) e lá vem a criança, copo de vinho na mão, tremelicando de pavor.
Ninguém fica feliz nesta história: o puto apavorado e a mãe com menos de meio copo de vinho.
Karvela
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