Adoro a tribo das gajas que acham que a maternidade é uma prioridade que leva à anulação do feminino, do social ou do conjugal. No meu caso não houve lado social para aniquilar porque já estava fenecido há alguns anos derivado do doutoramento e da Síndrome Bicho do Mato. Mas menina continuo a ser, acabo de olhar para dentro das calças e, confirma-se, vagina. Também continuo a ter gajo, pelo menos ele chega todos os fins de tarde e eu alimento-o, diferenciando-se de um gato vadio nomeadamente ao nível de falar; apesar de eu adorar a ideia de ter um gato que fala porque assim ele podia dizer coisas como epá lamber o cu é estupendo. Mas divago.
Há um grupo de bloggers que assume as suas falhas maternais, que agarra nos putos e os leva para todo o lado, que admite que há dias que só à chapada. Dessas eu gosto. Depois há as que vestem os putos com folhos, putos que nunca adoecem, raramente choram e mantêm os laços nos cabelos perfeitamente penteados.
Na senda de me transformar numa blogger que veste o garoto com sapatos de vela e meias até ao joelho porque foda-se, venho por este meio dar novas.
O Pequeno Camarão revela-se um suave ditador, maoritariamente benevolente para com os aldeões mas cujos acessos de ausência de apetite derivam necessariamente em palavras pedagógicas acompanhadas de fantasias que envolvem não tanto a ação voltada para o próprio mas atividades menos dolorosas do que esperar que uma criança coma quando uma criança não quer comer. Sentar-me despida no bico grande do fogão e acender o lume no máximo, por exemplo.
Também temos aquela coisa de se tranformar num pequeno estupor quando tem muito sono.
Ainda assim, regra geral, é um puto bem disposto, um bocado a dar para o brilhante, giro que mete dó, fedorento dos pés, que se ri com os próprios peidos.
Falhanço total enquanto blogger betinha, uma vitória da genética.
Karvela
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