Breed in

Começo a acreditar que as pessoas cá da terra não saem muito de casa. Eu agora com a idade também não saio muito de casa mas em jovem saí o tempo suficiente para ir buscar um gajo a Sintra, que é suficientemente perto para não ter um relacionamento à distância mas também suficientemente longe para não sermos primos direitos. 

Hoje estou a navegar nos perfis do feicebuque de gente que eu conheço, a rir muito com comentários como "estás linda" e a revirar os olhos porque, bitch, please! You're not., e dou de caras com o mais recente casal. Ele é um amigo de infância e ela, surpresa, é minha prima em 15º grau.

Nem sabia que eles namoravam, quanto mais estarem casados. A última vez que a vi com um namorado era aquele que sempre lhe conhecemos na adolescência, não surpreendentemente também um local.

A lista de amigos deles é outra mina. O não sei quantos é casado com a não sei quê, que por sua vez é prima do outro e já estão a patrocinar o namoro da coisa com o coiso, um deles meu primo em 12º grau e ela minha prima em 13º. 

Por isso, agora que somos civilizados, ligados ao mundo, o Correio da Manhã já cá chega antes das três da tarde e puseram macadame no largo da igreja, impressiona-me a quantidade de gente que parece não compreender que existem outros locais no país onde se podem seleccionar candidatos decentes ao invés de perpetuar o património genético que nos transforma numa vila de gente sem queixo, gengivosos, com menos de 1,70m e extremamente ligeiramente grunhos.

Karvela

Comentários

Anónimo disse…
"macadame" é a melhor palavra do mundo.