Estava para aqui a olhar para um texto, a organizar três parágrafos que estão desconchavados, a ouvir-se clic tchac tchac tchac (isto sou eu a apagar) clic cliclic tchac, e dei por mim a ponderar: em quantos trabalhos, tirando, vá, o de filósofo, se pode dizer que se está a pensar?
"O que está a fazer, sentado em frente ao PC, a olhar para ontem?"
"O que está a fazer, sentado em frente ao PC, a olhar para ontem?"
"Chefe, estou a pensar!"
"Muito bem, continue. E hoje sai antes das 17h30 que eu vejo que está aí a pensar desde as 9h da manhã e isso é coisa para dar cabo das costas a um gajo!"
E em quantos trabalhos se consegue justificar a necessidade de parar uma hora para uma sesta e mais meia hora para lanchar, porque sabemos que a seguir tudo o que façamos é muito mais produtivo?
"Silva! Está a comer?"
"Chefe, se eu não me alimento faleço!"
"Está certo, agora não o faça a espalhar o migalhedo da sande mista de pão saloio no teclado enquanto vê metade do Survivor de ontem à noite... e já agora, se faz favor, vista um fatinho, que as calças do pijama e o polar não são adequados aqui na repartição!"
"Desculpe, ó menina... pode dar-me uma informação?"
"Minha senhora, se eu não vou ali à secção do campismo agora mesmo fazer uma sesta dentro de uma tenda posso garantir-lhe que lhe vou dar uma informação de menor qualidade e com uma atitude talvez pouco agradável. Por isso, cólicença!"
Tenho o melhor trabalho do mundo. Quando não estou farta dele. O que é o caso hoje. Mas isto não sou eu a queixar-me. Só parei para lanchar.
Karvela
Comentários
Vi num post seu que parece muito mais nova do que é na realidade! Será que agora, aos 31 anos, lhe dão menos de 25?