O modo como este primeiro episódio me deixou pode ser traduzido na cara desta modelo:
Entra o genérico. Ah somos bué modernos.
Lembram-se da série Dinossauros? Quando o bebé dizia "Tu não és a mamã!" e dava com frigideiras na cabeça do pai?
Pois eu passei o episódio todo a pensar “Tu não és a Iman!”
E não é, de facto. A dicção da Iman, mesmo sendo a moça somali criada no Quénia consegue ser melhor que o português neo-colonial da Nayma. Nada contra a moça, que é muito bem-parecida, mas umas aulas de dicção com a Glória de Matos só lhe faziam era bem. Com umas reguadas na nuca lá pelo meio então, nem sabe o bem que lhe fazia.
Aliás, a Nayma, ao pé do mentor, cujo nome não decorei ainda por isso, por agora, será denominado Senhor Fuínha, está gira gira gira.
Lá pelo meio, fica a imagem da costureira mais fierce do mundo. Não sei a quem pertencem os presuntos mas amei.
Decidi agora que vou chamar sempre Senhor Fuinha ao mentor. Pronto, está decidido.
Entra Lisboa, os Gossip cantam o tema moderno da cidade da moda que nunca dorme, a não ser entre a meia-noite e as seis da manhã dos dias de semana.
Ah, e tal, há uma festarola, aproveitem bem que depois vai ser só trabalhar trabalhar trabalhar trabalhar trabalhar trabalhar trabalhar trabalhar trabalhar trabalhar trabalhar trabalhar trabalhar e pimbas entram no atelier. Li gente pelas internetes a queixar-se que o atelier era fraquinho. Eu achei bonito. Aliás, adoro ver aquelas montras com carrinhos de linhas.
Se eu tivesse uma daquelas coisas em casa… não fazia nada. Porque não sei costurar um botão. Lá mais à frente mostram um expositor com linhas de bordar e esse sim, dava-lhe um uso espectacular. E ao fazê-lo tentava não me vestir tal e qual a Fátima Lopes enquanto estivesse em frente à montra de carrinhos de linhas.
Desafio: construir um vestido preto ou branco ou preto e branco. Também pelas internetes se queixaram que todos deveriam ser preto e branco mas o desafio foi claríssimo. Entra a mulher mais elegante de Portugal, conhecida de todos nós por fazer, vá, nada.
Vicks VapoSpray chega-se ao microfone e cumprimenta o povo!
E esta é a cara do André, ao dizer que ficou muito contente:
WOOOOOOO! Este homem deve ser party ól nai lón! Aliás, todas as suas declarações para a câmara foram de um vigor que me ia partindo a televisão de tanta energia.
Aliás, mais tarde ele diz que está muito em baixo e a expressão é totalmente diferente!
Ficámos a saber que a Vicks gosta de moda, acompanha a moda e gosta de moda e que não sabe dizer feminilidade e, por isso, ao dizer feminiliiin, cortou com “gosto de ser feminina”. Está muito bem.
Tive peninha que os designers não pudessem ir comprar tecidos. Os do Project Runaway vão à Mood. Aqui certamente iriam à Loja dos Tecidos e no fim diriam “Obrigada Loja dos Tecidos de Lisboa na Rua do Ouroooo!”. Sacam duas amostras de tecido de dentro da mala da Vicks VapoSpray. O Mentor Senhor Fuinha diz “João metes a mão” e eu tive um ligeiro black out durante um segundo porque me ri alto com “João metes a mão”.
A senhora que eventualmente vai com os porcos, a Vanda, meteu-me um bocadinho de medo nas entrevistas. E proferiu a frase que ficará para os anais: “Ai ai já são não sei quantas prás duas!”.
A Rosina, que eu quero aqui elevar a Presidente do Mundo, ou seja, a Presidente Rosina, aka, Prejidente Rojina, mulher de sotaque forte, fica absolutamente abismada porque a moça não sabe trabalhar pied-de-poule, ou nas imortais palavras da Prejidente Rojina, piédpule, um dos texidos maijcláxicos, maijiros. Também nas suas imortais palavras, os trabalhos a preto e branco ficam xempre marabilhojosos.
A Vera não gostou das medidas da modelo. Tem ancas, diz ela. Pelo menos não tem um pau enfiado no cu como a Vera, digo eu. A partir de agora, a Vera será conhecida como a Vara, em homenagem ao fino tronco que lhe percorre o intestino grosso.
Aqui acontece a magia quando o mentor Senhor Fuinha diz “autfit”:
O look não-durmo-desde-1997-urbano-chic
Enquanto mentor mentou muito pouco. A ver se melhora nos próximos. E se dorme uma sesta, senhor, que mete impressão!
Depois do sonífero total da conversa do fecho invisível e da outra ficar sem tecido nhenhenhe, vamos lá ver os fatinhos. Mas antes, o júri:
Ou senhor que parece um canito que encontrou uma lâmpada de Aladino e pediu para se transformar em pessoa e aquilo não correu lá muito bem; pessoa irrelevante; e AHHHHHH MEDO MEDO! FUJAM QUE O MONSTRO FUGIU DO LOCH!
Pronto, sem exageros: o Manuel Alves é um senhor cujo talento é reconhecido e gosto da roupita (não deixa de parecer o filho ilegítimo de Jesus Cristo com o Mick Jagger – opinião do kramer); a senhora continua a ser irrelevante; e a Cotta é cota, de facto, até porque a plástica é muito boa para a cara mas o pescoço não engana.
Passa à frente: as farpelas, mas só a vencedora e a perdedora.
Ew. Foi definitivamente o pior. E sabemos que foi o pior quando o meu pai, senhor que faz hoje 68 anos diz “Eish, aquele tecido está todo a arrepanhar!”.
A vencedora:
Eventualmente ganhou este vestido. Houve alguém que teve medo de fazer um vestido de noiva porque era muito branco. Ganhou o vestido de noiva piroso, em preto. No fundo, pensando bem, fomos todos perdedores. Os designers, os espectadores, a Cotta. Tudo.
Antes de me ir embora:
A Joana parece um porta-chaves. Gosto.
I could just fit her in my pocket and take her with me!
E como escapar ao fenómeno Rosina? Não há como escapar. Diz expressões como “fixe” e “é a minha onda”, perante o olhar incrédulo de quem já não diz “é a minha onda” desde 2002.
Is this bitch for real?
É uma Fátima Lopes dos pobrezinhos. Promete bitchiness da grossa nos próximos episódios. É a futura Presidente do Mundo. E, vendo com atenção, o sapatinho fierce era dela:
Deus Nosso Senhor me dê saúde para fazer isto todas as semanas!
Comentários
Uma moça jovem, com duas mãozinhas e tudo... tsk.
Um pouco de xixi saiu da minha uretra e alojou-se nas minhas cuecas durante a risota.
Eu só volto a ver o programa pela rojina.