2009, um resumo
Em Janeiro não tive gajo em casa e a única coisa que me lembro é do cão a dormir encostado ao aquecedor e de ter trabalhos para fazer. Fui buscá-lo ao aeroporto com uma folha A4 com o nome dele escrito.
Também descobri que o dono deste mail que eu tanto amei é da autoria do ex-namorado de uma das minhas melhores amigas. Esta verdade demorou uns meses a ser reposta mas foi agora, pronto.
Em Fevereiro fiz o Le Photomaton aqui na chafarica. Foi giro mas dava trabalho. Em Fevereiro apercebi-me que as coisas que dão trabalho são chatas. Por exemplo, o Lagostim Shop, que estava a correr bem até recomeçar a época dos trabalhos do sacana do Doutoramento. Mascarámo-nos de Pacman (o jogo não o dos Da Weasel) e ninguém percebeu.
Março trouxe a minha primeira visita a um bar gay e uma briga com um senhor da contabilidade do local de trabalho que fez com que os meses de Janeiro a Junho fossem pagos em Agosto. Também em Março as redes sociais começaram a ditar o lento declínio desde blogue... primeiro o twitter, que abandonei; depois o facebook, que ainda aprecio e utilizo. Constato neste mês que, cito "A Aura Miguel está cada dia mais fufa (...)" e pela primeira vez vejo uma transsexual no Conde Redondo.
Em Abril faço um post épico sobre comida crua e uma ex-colega de faculdade que ainda acha que as fadas existem (tá bem, existem, pronto... também já passei por isso mas depois tomei comprimidos). O kramer faz anos e descubro no GPS o equipamento perfeito para uma pessoa se continuar a perder mas agora com o perigo acrescido de olhar para um aparelho no meio do vidro da frente enquanto uma senhora com sotaque de Setúbal me diz para virar na Av. Sacadurra Cabrral.
Em Maio o kramer saltou de um avião enquanto eu emitia sons maléficos mas chegou cá abaixo intacto. Tive a última conversa de mais de 10 segundos com um vizinho barra primo que não sabe a diferença entre Star Wars e Star Trek (até me enerva só de pensar!) e nas comemorações de um Dia Internacional que calha em Maio e que tem que ver com o meu trabalho embebedei-me em frente ao chefe. Foi no mês de Fátima que consegui provar ao mundo que o Nelo do Herman existe e vive no Samouco.
Em Junho comprei um porta-moedas do SpongeBob Squarepants que anda com os olhos de um lado para o outro e dá tonturas se estivermos fixos naquilo muito tempo. Em temporada de finalização de segundo semestre foi só mesmo isto.
Em Julho tornei-me oficialmente bolseira de investigação. Comecei a bolsa com férias (tenho direitos!!!), por isso fui a Cuba tornar-me ainda mais de esquerda e dizer ainda mais coisas como "Isto era preciso era um Fidel em cada casa de passe!". O Óscar teve que usar um funil e eu ri-me 15 dias seguidos, para desgosto do kramer que defendia o filho peludo sempre que podia.
Em Agosto fiquei loira no dia de anos da Ana Malhoa. No dia seguinte fiz 30 anos. Tive uma mini crise de identidade, mas passou depressa porque ser-se loira melhora sempre tudo. Encontrei um site para fazer looks (http://www.polyvore.com/) e renovei o armário, colando lá dentro folhas com as imagens das diversas combinações de roupa. Continuo a vestir mais ou menos o mesmo mas agora tenho o armário cheio de folhas com imagens de combinações de roupa. 7 dias depois do aniversário fico sem portátil e, por conseguinte, sem dados. Daí a uma semana regressou, com tudo arranjado, incluindo parafusos que haviam saído do sítio. Daí a uma semana caiu e os parafusos saltaram novamente, repondo assim o equilíbrio do ecossistema.
Em Setembro fui à minha primeira conferência como socióloga. Senti-me super importante, no meio de 3000 pessoas mais importantes do que eu. Fiz relato em tempo real dos Emmy e acho que em 2010 vou fazer dos Oscars. Foi bem catita. Bati na Pipoca Mais Doce mas agora que a piquena vai casar até fiquei com pena e espero que ela seja feliz mais o futuro marido que a obriga a arrumar o roupeiro sob pena do próprio não poder guardar o único par de sapatos que lhe é permitido ter. Em Setembro fui às Astúrias e acho que fiquei apaixonada, tirando o CagalhotoGate.
Em Outubro inicia-se o MELHOR ALMOÇO DE SEMPRE, mensal (paradoxal ou estúpido? Ainda não decidimos), com a Daniela e o Flávio, TPM e Ateu, respectivamente. Tenho muito medo deles mas acho que eles têm ainda mais medo de mim, por isso há um relativo equilíbrio de poderes. Fui ao Porto e fui achincalhada nos comentários por não saber o que é pudim frauncês e não saber que no Palácio de Cristal não existe um palácio feito em cristal. Serralves libertou a artista em mim e já fui convidada para expor Pinochio hoch über Pilze. Infelizmente, o Óscar comeu o pilze.
Em Novembro acho que parti um dedo do pé mas depois melhorei. E foi uma excelente desculpa para não ir ao ginásio durante esse mês. Os meus pais anteciparam o presente de Natal e agora tenho um BlackBerry que, devo dizer não sem algum orgulho, só ainda caiu 4 vezes.
Em Dezembro arranquei um siso mas antes regressei ao Aya Bistrot, sozinha, como presente de Natal para mim mesma. O dermatologista explica-me que não é com água que se lava a cara e Richard Dawkins passou a fazer parte das minhas leituras. E escrevi pouco no Lagostim, que anfitriei o jantar de 25 de Dezembro e, mesmo correndo bem, foi coisa para me manter em stress mais de um mês.
Durante o ano, em geral:
Comprei uns botins.
Usei vestidos.
Em Janeiro não tive gajo em casa e a única coisa que me lembro é do cão a dormir encostado ao aquecedor e de ter trabalhos para fazer. Fui buscá-lo ao aeroporto com uma folha A4 com o nome dele escrito.
Também descobri que o dono deste mail que eu tanto amei é da autoria do ex-namorado de uma das minhas melhores amigas. Esta verdade demorou uns meses a ser reposta mas foi agora, pronto.
Em Fevereiro fiz o Le Photomaton aqui na chafarica. Foi giro mas dava trabalho. Em Fevereiro apercebi-me que as coisas que dão trabalho são chatas. Por exemplo, o Lagostim Shop, que estava a correr bem até recomeçar a época dos trabalhos do sacana do Doutoramento. Mascarámo-nos de Pacman (o jogo não o dos Da Weasel) e ninguém percebeu.
Março trouxe a minha primeira visita a um bar gay e uma briga com um senhor da contabilidade do local de trabalho que fez com que os meses de Janeiro a Junho fossem pagos em Agosto. Também em Março as redes sociais começaram a ditar o lento declínio desde blogue... primeiro o twitter, que abandonei; depois o facebook, que ainda aprecio e utilizo. Constato neste mês que, cito "A Aura Miguel está cada dia mais fufa (...)" e pela primeira vez vejo uma transsexual no Conde Redondo.
Em Abril faço um post épico sobre comida crua e uma ex-colega de faculdade que ainda acha que as fadas existem (tá bem, existem, pronto... também já passei por isso mas depois tomei comprimidos). O kramer faz anos e descubro no GPS o equipamento perfeito para uma pessoa se continuar a perder mas agora com o perigo acrescido de olhar para um aparelho no meio do vidro da frente enquanto uma senhora com sotaque de Setúbal me diz para virar na Av. Sacadurra Cabrral.
Em Maio o kramer saltou de um avião enquanto eu emitia sons maléficos mas chegou cá abaixo intacto. Tive a última conversa de mais de 10 segundos com um vizinho barra primo que não sabe a diferença entre Star Wars e Star Trek (até me enerva só de pensar!) e nas comemorações de um Dia Internacional que calha em Maio e que tem que ver com o meu trabalho embebedei-me em frente ao chefe. Foi no mês de Fátima que consegui provar ao mundo que o Nelo do Herman existe e vive no Samouco.
Em Junho comprei um porta-moedas do SpongeBob Squarepants que anda com os olhos de um lado para o outro e dá tonturas se estivermos fixos naquilo muito tempo. Em temporada de finalização de segundo semestre foi só mesmo isto.
Em Julho tornei-me oficialmente bolseira de investigação. Comecei a bolsa com férias (tenho direitos!!!), por isso fui a Cuba tornar-me ainda mais de esquerda e dizer ainda mais coisas como "Isto era preciso era um Fidel em cada casa de passe!". O Óscar teve que usar um funil e eu ri-me 15 dias seguidos, para desgosto do kramer que defendia o filho peludo sempre que podia.
Em Agosto fiquei loira no dia de anos da Ana Malhoa. No dia seguinte fiz 30 anos. Tive uma mini crise de identidade, mas passou depressa porque ser-se loira melhora sempre tudo. Encontrei um site para fazer looks (http://www.polyvore.com/) e renovei o armário, colando lá dentro folhas com as imagens das diversas combinações de roupa. Continuo a vestir mais ou menos o mesmo mas agora tenho o armário cheio de folhas com imagens de combinações de roupa. 7 dias depois do aniversário fico sem portátil e, por conseguinte, sem dados. Daí a uma semana regressou, com tudo arranjado, incluindo parafusos que haviam saído do sítio. Daí a uma semana caiu e os parafusos saltaram novamente, repondo assim o equilíbrio do ecossistema.
Em Setembro fui à minha primeira conferência como socióloga. Senti-me super importante, no meio de 3000 pessoas mais importantes do que eu. Fiz relato em tempo real dos Emmy e acho que em 2010 vou fazer dos Oscars. Foi bem catita. Bati na Pipoca Mais Doce mas agora que a piquena vai casar até fiquei com pena e espero que ela seja feliz mais o futuro marido que a obriga a arrumar o roupeiro sob pena do próprio não poder guardar o único par de sapatos que lhe é permitido ter. Em Setembro fui às Astúrias e acho que fiquei apaixonada, tirando o CagalhotoGate.
Em Outubro inicia-se o MELHOR ALMOÇO DE SEMPRE, mensal (paradoxal ou estúpido? Ainda não decidimos), com a Daniela e o Flávio, TPM e Ateu, respectivamente. Tenho muito medo deles mas acho que eles têm ainda mais medo de mim, por isso há um relativo equilíbrio de poderes. Fui ao Porto e fui achincalhada nos comentários por não saber o que é pudim frauncês e não saber que no Palácio de Cristal não existe um palácio feito em cristal. Serralves libertou a artista em mim e já fui convidada para expor Pinochio hoch über Pilze. Infelizmente, o Óscar comeu o pilze.
Em Novembro acho que parti um dedo do pé mas depois melhorei. E foi uma excelente desculpa para não ir ao ginásio durante esse mês. Os meus pais anteciparam o presente de Natal e agora tenho um BlackBerry que, devo dizer não sem algum orgulho, só ainda caiu 4 vezes.
Em Dezembro arranquei um siso mas antes regressei ao Aya Bistrot, sozinha, como presente de Natal para mim mesma. O dermatologista explica-me que não é com água que se lava a cara e Richard Dawkins passou a fazer parte das minhas leituras. E escrevi pouco no Lagostim, que anfitriei o jantar de 25 de Dezembro e, mesmo correndo bem, foi coisa para me manter em stress mais de um mês.
Durante o ano, em geral:
Comprei uns botins.
Usei vestidos.
Comprei um biker jacket.
Nunca usei os botins. O kramer diz que me fazem cankles mas não usa a expressão cankles porque é uma pessoa simples.
Dei vários nomes falsos no Starbucks.
Assumi corajosamente o meu agnosticismo. Falta-me um bocadinho assim para assumir o ateísmo.
Acho que passei para o segundo ano do Doutoramento mas ainda não sei porque falta uma nota.
Aprendi que trabalhar em casa exige uma grande disciplina, nomeadamente ao nível de não ligar a televisão e *nervos* a internet.
Não morri. Ainda não foi desta. In your face, 2009.
Karvela (já agora, que não morra até... vá... 2079. Era bonito. Poético. E com uma tatuagem muita encarquilhada a dizer MCMLXXIX)
Nunca usei os botins. O kramer diz que me fazem cankles mas não usa a expressão cankles porque é uma pessoa simples.
Dei vários nomes falsos no Starbucks.
Assumi corajosamente o meu agnosticismo. Falta-me um bocadinho assim para assumir o ateísmo.
Acho que passei para o segundo ano do Doutoramento mas ainda não sei porque falta uma nota.
Aprendi que trabalhar em casa exige uma grande disciplina, nomeadamente ao nível de não ligar a televisão e *nervos* a internet.
Não morri. Ainda não foi desta. In your face, 2009.
Karvela (já agora, que não morra até... vá... 2079. Era bonito. Poético. E com uma tatuagem muita encarquilhada a dizer MCMLXXIX)
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