Desastre a nível internacional
e
A carreira diplomática está definitivamente posta de parte

Não foi por ter feito mini-férias que deixei de ser uma desastrada. Senão vejamos: fiz uma pequena entorse no pé, fui picada diversas vezes por um bicho ignoto e ainda parti um saleiro do Gaudí no aeroporto. Também fiz sangue no piercing por razões que me ultrapassam e andei à chuva em Barcelona. Esta última foi altamente refrescante, por isso não conta como desastre.

Por outro lado, creio que finalmente se me cresceram testículos porque consegui exercer uma simples mas deliciosa vingança sobre um pintas italiano.

Cenário: Port Aventura, no mundo da Polinésia, numa espécie de montanha russa dentro de água. Passa por dentro de um "vulcão" e depois caímos uns metros. E depois subimos devagarinho e, aí sim, caímos uns valentes metros que fazem um bonito efeito de splash, nomeadamente para dentro de recantos que pensávamos estar a salvo.

Um idiota de um italiano (e friso italiano porque falavam tão alto que meio parque os ouvia a balir), armado em espertinho para o grupo de amigos, dentro do "vulcão" (à entrada do qual dizia expressamente para as pessoas não se levantarem sob pena de baterem com a cabeça e ficarem deficientes ou italianos), levanta-se e cola a pastilha elástica ao tecto.

Ora, a pastilha elástica não se aguenta dois segundos sequer e cai em cima desta que vos escreve. Combatendo todos os instintos de nojo, apanho a pastilha, guardo-a na mão. No primeiro segundo que foi oportuno atiro-lhe a pastilha para as costas. Apenas uma coisa me deu mais prazer do que vê-lo recostar-se calmamente e aproveitar o passeio: foi vê-lo levantar-se no fim com uma pastilha gigante e verde colada ao pólo de beto.

No fim, apercebo-me que o imbecil tinha posto a mão à frente da minha cara quando passámos pela máquina fotográfica que imortaliza o nosso cagaço aquático. Se soubesse tinha juntado a minha própria pastilha à equação.

Karvela