Oh yeah? You and what army?

Como nota prévia devo dizer que eu gosto de transportes públicos, gosto particularmente da Carris e acho que parte da culpa de não haver mais autocarros é das pessoas que levam carro para Lisboa – se houvesse mais procura de transportes teria de haver mais oferta. Acho que escolher o carro como meio preferencial de transporte é um desperdício de dinheiro. Nos dias em que estou com o período apetece-me esmurrar as pessoas que depois dizem que vão de carro porque os transportes demoram muito tempo… eu prefiro sair de casa 10 minutos mais cedo e depois ter algum dinheiro para poder comer e comprar coisas. Nos dias em que não estou com o período ignoro-as porque cada um sabe de si e eu é que me rio à grande quando vou na faixa de bus da 24 de Julho e os idiotas estão lá todos parados.

Mas há algo que me irrita na Carris desde que introduziram o cartão Lisboa Viva. A validação do cartão nas máquinas que instalaram nos autocarros veio substituir o gesto de mostrar o passe ao motorista. Tudo bem, faço-o de boa vontade. Se não validarmos o cartão, seja por distracção ou porque o cartão não funciona, estamos sujeitos a ser multados. O meu cartão deixou de funcionar há uns dias e não tenho tempo para ir à Carris… se me tentarem multar vou armar o maior escândalo do Universo. Então se eu pago passe, se eu tenho a senha colada, se eu tenho o número escrito, se eu estou ali à frente do homem e o cartão tem a minha fotografia, quem é que me pode multar porque o meu cartão se estragou? Senhores revisores que lêem este blog – sim, porque eu sei que há revisores da Carris que estão aqui batidos todos os dias! – tenham medo, tenham muito medo, porque dentro deste corpo frágil, débil e até um bocadinho bege, esconde-se uma dragona furiosa, prestes a cuspir fogo perante a injúria do “Então a menina não validou?”…

Karvela

Comentários

BlueAngel aka LN disse…
Garanto-te que se houvesse mesmo mais oferta de transportes públicos, eu própria, não utilizaria o carro diariamente como sou obrigada a fazer. Infelizmente trabalhi numa zona onde a ede de transportes públicos não é fraca, é fraquinha. Cumprimentos aos senhores da Carris que poderão estar a ler este comentário depois de lerem o teu post. :-)
Bxana disse…
Isso e os TST, que agora têm uma luz ultra-violeta pela qual temos de passar o cartão, para provar se a vinheta é verdadeira.

Da primeira vez, perguntei ao motorista "tenho que passar isto?"

Resposta: "Grumf..."

Parti do principio que aquele "Grumf" queria dizer "quero lá saber", e como tipica 'tuga, também não me estive para ralar. Que se lixe a luzinha roxa/azul/verde, se eles ñ se ralam, eu tb ñ...
Anónimo disse…
Há já algum tempo que não ando de transportes públicos. Até os podia usar, mas para onde venho tinha que sair de casa uma hora mais cedo e depois chegaria mais de uma a casa! Digamos que, não é lá muito proveitoso em termos de tempo. Acredito que fosse economicamente,mas ...não para usar mesmo. Mas quando preciso ir ao outro lado do rio uso-os, porque conduzir na Capital é sempre uma aventura. Normalmente é, porque nunca sei onde fica o que quero!