Retalhos de um sábado nos Santos Populares

Um senhor, furioso com o automobilista da frente, grita obscenidades em plenos pulmões dentro do carro. Karvela grita-lhe, do passeio: “Ele não te está a ouvir, sabias?”

Simultaneamente o meu amigo barbudo, ao qual passei a noite a chamar Cat Stevens, quase era atropelado pelo eléctrico. Quando eu digo “CUIDADO!” o outro pisa-me. Comédia física em plena Sta. Luzia.

Momentos antes, tivemos a sucessão de telefonemas:

Telefonema #1
Karvela – Estacionei ao pé dos barcos da Transtejo.
Cat Stevens – Ok, estou no Cais do Sodré, já aí apareço.

Telefonema #2 (5 minutos depois!)
Karvela – Vim ao Multibanco na Rua da Madalena. Queres encontrar-te aqui ou queres que eu comece a subir para a Sé?
Cat Stevens – Mas eu já estou ao pé dos barcos!
Karvela – Mas só passaram 5 minutos!!! Como já estás aqui?
Cat Stevens – Sou rápido.
Karvela – Ok, então espero aqui. Aparece

Telefonema #3 (5 minutos depois)
Karvela – Então? Estou à tua espera!
Cat Stevens – Mas eu já estou na Sé!!!
Karvela – Mas eu estou na Rua da Madalena!!! Ok, FICA AÍ!!!

O jantar foi composto de: gaivota mutante com três asas; lulas de pvc; sardinhas (o meu prato, que por acaso estava bem bom). No fim, um raspanete ao senhor do restaurante por ter sido uma besta e ter cobrado 15 euros por pessoa. Karvela disserta sobre termos cuidado com a nuca ao afastar-nos do restaurante, que o senhor podia ser um sniper e matava-nos à distância. O senhor ouviu tudo.

Encontrámos o local onde jantámos no ano passado, com comida e serviço excelentes, depois de termos acabado de comer no restaurante do sniper.

O melhor da noite: as farturas em Alfama. Esfomeados depois de um jantar impossível, aquilo soube-nos pela vida.

Mais abaixo, ainda em Alfama, bailarico.

A noite acabou a comer chouriço assado na Junta de Freguesia de S. Paulo. Ah S. Paulo, freguesia que alberga as discotecas Copenhaga e Viking, cujas funcionárias do amor, idosas, obesas e desdentadas são do melhor que aquela zona tem para oferecer.

Karvela