Munich
Saí do Munich com o coração apertadinho e mirradinho. Se calhar porque os conflitos do Médio Oriente são um tema que me interessa muito, mas se calhar porque é um grande filme, que nos deixa com a cabeça a andar à roda. Depois do detestável War of The Worlds, posso voltar a admitir que nunca deixei de gostar do Spielberg.
Pontos assim-assim:
O protagonista é giro que se farta, mas é um digno representante da escola de representação Nicholas Cage, na qual os actores fazem sempre deles próprios; Eric Bana começa a cair nessa armadilha, mas espero que não por muito tempo.
Três horas é muito tempo. Por acaso passou-se bem, mas ao fim creio que algumas cenas não acrescentaram muito ao filme, e podia ter acabado uma meia hora antes.
Algumas coisitas mal explicadas.
Coisinhas boas:
Adorei o facto de estarem uns miúdos na plateia, muito novinhos, que de certeza não sabiam quem raio era a senhora feia com cabelo grisalho que parecia mandar naquilo tudo!
Acho que este filme mudou um bocadinho a minha opinião sobre o rapazito que vai fazer de James Bond. Ele tem o físico e a energia, só não tem mesmo é o look, mas acho que isso se pode arranjar com boa vontade e bons maquilhadores.
Gostei de Beirute sem véus.
Gostei dos remorsos de todas as partes.
Gostei de raramente se perceber em que país é que eles estavam (representativo da transnacionalidade da violência? Talvez...).
Gostei que o filme fosse azul.
Gostei do Amor.
(Listen very carefully, I shall say this only once) Gostei das cenas de violência.
A cereja no topo do bolo: música de John Williams.
Há muito que fica por explicar, mas acho que a piada neste filme é que o espectador está sempre à nora, nunca sabe os dados todos; mas isso põe-nos no lugar do protagonista, nós só sabemos o que ele sabe, só vemos o que ele vê, e só conhecemos quem ele conhece. Conseguimos sentir a sua paranóia porque se torna nossa também.
Ide ver. Mas se não sabem o que se passou nos Jogos Olímpicos de Munique, se não percebem nada sobre Israel e Palestina, documentem-se, porque este filme não facilita nada.
Karvela (ainda apatetada)
Saí do Munich com o coração apertadinho e mirradinho. Se calhar porque os conflitos do Médio Oriente são um tema que me interessa muito, mas se calhar porque é um grande filme, que nos deixa com a cabeça a andar à roda. Depois do detestável War of The Worlds, posso voltar a admitir que nunca deixei de gostar do Spielberg.
Pontos assim-assim:
O protagonista é giro que se farta, mas é um digno representante da escola de representação Nicholas Cage, na qual os actores fazem sempre deles próprios; Eric Bana começa a cair nessa armadilha, mas espero que não por muito tempo.
Três horas é muito tempo. Por acaso passou-se bem, mas ao fim creio que algumas cenas não acrescentaram muito ao filme, e podia ter acabado uma meia hora antes.
Algumas coisitas mal explicadas.
Coisinhas boas:
Adorei o facto de estarem uns miúdos na plateia, muito novinhos, que de certeza não sabiam quem raio era a senhora feia com cabelo grisalho que parecia mandar naquilo tudo!
Acho que este filme mudou um bocadinho a minha opinião sobre o rapazito que vai fazer de James Bond. Ele tem o físico e a energia, só não tem mesmo é o look, mas acho que isso se pode arranjar com boa vontade e bons maquilhadores.
Gostei de Beirute sem véus.
Gostei dos remorsos de todas as partes.
Gostei de raramente se perceber em que país é que eles estavam (representativo da transnacionalidade da violência? Talvez...).
Gostei que o filme fosse azul.
Gostei do Amor.
(Listen very carefully, I shall say this only once) Gostei das cenas de violência.
A cereja no topo do bolo: música de John Williams.
Há muito que fica por explicar, mas acho que a piada neste filme é que o espectador está sempre à nora, nunca sabe os dados todos; mas isso põe-nos no lugar do protagonista, nós só sabemos o que ele sabe, só vemos o que ele vê, e só conhecemos quem ele conhece. Conseguimos sentir a sua paranóia porque se torna nossa também.
Ide ver. Mas se não sabem o que se passou nos Jogos Olímpicos de Munique, se não percebem nada sobre Israel e Palestina, documentem-se, porque este filme não facilita nada.
Karvela (ainda apatetada)
Comentários
Tem piada que eu nunca deixei de perceber em que pais é que estavam; mesmo que, com as óbvias excepções, tenha sido tudo filmado em Malta.
Brilhante o curto diálogo com o operacional da OLP sobre as razões e os métodos que no final acaba por se repetir com o agente da mossad.