Quem és tu, Sílvia Rizzo?
A Sílvia Rizzo é uma actriz que começou por ser uma agradável presença no ecrã para agora ser apenas bastante estranha. Primeiro, ficou subitamente sem expressão (eu apostava no botox, mas se calhar ela nunca teve expressão e eu é que tenho a memória curta); e depois começou a fazer calças de ganga com missangas. Se, por um lado, louvo a atitude de criar um negócio próprio, para mais tendo uma profissão tão instável como actriz, por outro, acredito que haja negócios mais interessantes do que calças de ganga com missangas. Repito: calças de ganga. Com missangas.
Depois continuou a aparecer em novelas, nas revistas… mas sempre sem expressão facial. Quando integrou o elenco d’A Partilha, a peça com Teresa Guilherme (amo, amo, amo a Teresinha – é uma mulher poderosíssima!), Rita Salema (que eu adoro mas faz sempre papel de Rita Salema) e Patrícia Tavares (ahhh, que belos tempos aqueles em que tu fizeste de jovem prostituta!), pensei cá para mim “Maria Karvela, esta miúda Rizzo se calhar ainda pode recuperar a imagem de gaja divertida e simpática que tinha no início da carreira”. Então não é que foi substituída pela Cristina Cavalinhos (cavalinhos ou cavalinho?)...?
O auge deste meu mal-estar com a cidadã Sílvia Rizzo foi atingido ontem, quando passo no Cais do Sodré, descansadinha, dentro do 28, e olho para o cartaz do Mário Soares. Pois não era o Mário Soares quem lá estava. Era a omnipresente Sílvia Rizzo. O amigo Nabeiro dos cafés Delta também dá a cara pelo candidato de todos os idosos portugueses, mas o amigo Nabeiro é também ele um bocadinho a dar para o velhote, e por muito estúpida que seja a ideia de pôr pessoas que não os candidatos nos cartazes, o Nabeiro faz mais sentido do que a Rizzo. Para mais com aquele ar de quem está entre o peido e o sorriso! Um peirizzo, sei lá.
Devo ter tempo demais nas mãos para pensar nestas coisas. Quem me dera andar metida na droga.
Karvela (que deveria estar neste momento a contribuir para o aumento da produtividade... mas não está)
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