Quem é Karvela?

Diversas investigações demonstram que Karvela é um ser intangível (Blüf, 2000; Salsedas, 1982; Löfgren, 1657), talvez mesmo um ser mitológico (Colombo, 1493), tendo sido avistada como um misto entre névoa e poste de electricidade em locais tão distantes como Port Vila, Doha ou São Julião do Tojal (Boletim da Junta de Freguesia de São Julião do Tojal, 1992:12). Estudos recentes demonstram que Karvela é Jesus (Grilo et al, 2010), mas é um facto que está longe de ser cientificamente comprovado.

Torna-se pertinente uma reflexão sobre o mito da concepção de Karvela. É de conhecimento comum que a mãe de Karvela considera-a um milagre, algo que as mães raramente dizem sobre as crianças, o que comprova assim que só pode ser real. Desde muito jovem Karvela revelou uma propensão para o desastre o que lhe foi retirando alguns pontos de Q.I., nomeadamente à conta de uma pedrada no nariz e uma paulada na nuca aos sete e oito anos de idade, respectivamente. Esta mesma tendência para partir, quebrar, rachar e até mesmo fender, foi origem de alguns desgostos materiais para Karvela, sendo já um clássico a sua relação de amor/ ódio com os headphones.

Diz-se ainda que Karvela, hoje, tem quatro tatuagens. As considerações sobre este facto multiplicam-se: Castro e Ruz (1956) defendem a teoria Karvela é um homem, já que uma mulher digna nunca teria capacidade para suportar tantas modificações corporais e ainda saber cozinhar; já Moniz, Moura e Guedes (2009) são apoiantes do primado da mentira, que se aplica também à constante necessidade de Karvela alegar ser doutoranda e ainda parecer ter orgulho nesse facto.

Karvela, pessoa ou pessoa sem sentimentos? Um trabalho em progresso que tem sido a vida de inúmeros investigadores e que ainda hoje é matéria de estudo sem resolução à vista.