M80

Estou no outro dia a ouvir a M80, estação que veio colmatar a falha da Nostalgia e que está memorizada nos rádios dos carros de quase toda a gente que eu conheço.

Senhora com voz de Mário Graça - ... e lembre-se, se não conseguir ouvir a M80 na sua área de residência pode sempre utilizar a Internet para escutar todos os êxitos dos anos 70, 80 e 90...

Ponto 1 - Para quem é que a senhora estava a falar? A pessoa que não ouve na área de residência está certamente a ouvir a Renascença que tem cobertura nacional e não é praticamente uma rádio pirata como a M80.

Ponto 1.1. - Naturalmente que uma pessoa que viva fora da área de alcance da M80 não deverá ser, à partida, parte do público-alvo desta estação. Regressamos à Rádio Renascença e ao terço das 18h30 que tanto me apraz ouvir no carro enquanto grito "uh uh! uh uh! uh uh!"

Ponto 2 - Mesmo que se possa alegar (kramer!) que a senhora está a falar para pessoas que ouvem nos empregos ou nos carros, na metrópole, não me parece que:

Ponto 2.1 - Essas pessoas ouçam rádio à noite.

Ponto 3 - Todos os êxitos dos anos 70, 80 e 90. Aí está uma boa delimitação do objecto. Não é isso que a maioria das rádios portuguesas passa? Lembro os omnipresentes Toto, que são o mais pungente exemplo de arcaísmo radiofónico.

Karvela (contudo gosto e consumo a M80)